O time de um homem só

Leandro ocupando o espaço onde o

Conca deveria estar. Ou seria o Ernane?

Foi por pouco, mas o Vasco continua com 100% de aproveitamento em São Januário. O jogo foi fraco, com domínio completo do time da casa, um Atlético-PR que veio com a nítida intenção de buscar o empate e muitos passes errados. Parece uma descrição vaga, mas foi isso mesmo.

Do lado do Atlético, bastante desfalcado, poucos se salvaram. Kaio até demonstrou uma certa habilidade no início, mas acabou anulado por Dudar (disparado o melhor em campo) e foi aos poucos sumindo da partida. Ferreira, teoricamente a estrela da equipe, correu bastante... pena que o esporte em questão não seja atletismo. Enfim, o time paranaense se limitou a assistir o Vasco jogar (e muitas vezes se enrolar sozinho), com algumas chances isoladas e só. Antônio Lopes declarou que a equipe foi derrotada pela arbitragem. Isso está longe de ser verdade. Foram prejudicados por um impedimento mal marcado, é fato, mas a defesa do Vasco parou após a marcação... o gol só saiu porque Jorge Luiz deixou Marcelo correr quando viu a bandeira levantada. Além disso, no resto da partida, o Atlético não fez absolutamente nada que justificasse uma vitória.

O Vasco foi melhor, mas ainda assim esteve longe de encantar. Existe alguma coisa de muito errada quando o jogador responsável por distribuir as jogadas é Perdigão, um volante fora de forma, sem nenhuma visão de jogo e com nome de fabricante de mortadela. Nem digo que jogou mal... ele foi bem no desarme, e é isso que se espera dele. O que não dá é para Conca e Ernane ficarem paradões lá na frente esperando o mosqueteiro gaúcho resolver a partida. Tivessem os dois feito como o pobre Leandro Amaral, que ontem foi obrigado a correr pelos três e voltar para buscar a bola, o Vasco poderia ter liqüidado a partida antes. E assim a torcida vascaína não seria obrigada a assistir ao festival de passes errados e lançamentos constrangedores promovido pela equipe.

Os laterais não estiveram bem. Guilherme tirou a chuteira amarela, mas a máscara continua ali. Aos 28 minutos da segunda etapa, Rubens Jr. entrou em seu lugar e foi decisivo, executando o cruzamento para o gol. Mas eu ainda torço para que isso não sirva de pretexto para ele virar titular... esse cruzamento foi a única coisa boa que o lateral fez durante todo o tempo que esteve em campo. Do outro lado, Wagner Diniz correu, mas faltou objetividade. Chegou a tal ponto que o zagueiro Jorge Luiz passou a ocupar a lateral direita para ver se alguma coisa saía dali. E eu posso dizer: cuidado Wagner Diniz, porque ele foi muito melhor que você.

(A zaga, aliás, foi o ponto forte do Vasco. Dudar e Jorge Luiz passaram segurança, fizeram poucas faltas e saíram bem com a bola. Só falta agora Júlio Santos, o terceiro zagueiro, aprender a parar as jogadas do adversário sem agredir os coleguinhas.)

Celso Roth teve uma certa inteligência e muita sorte nas substituições. Quando o jogo parecia se encaminhar para um 0x0, decidiu apostar em cruzamentos na área, colocando Rubens Jr. (cuja única qualidade é saber cruzar) e Martin García (cuja única qualidade é ser grande) em campo. A jogada acabou saindo e quem aproveitou foi Leandro Amaral, que surgiu dentro da área, voltou a marcar e acabou recompensado pela luta ao longo da partida.

O Vasco ainda precisa se acertar, principalmente na criação de jogadas (que fica prejudicada com a irregularidade de Conca e Ernane, a incompetência de Rafael e a ausência indeterminada de Morais). Andrade está de volta, já é garantia de uma maior qualidade de passe no meio campo. Enquanto Celso Roth não consegue encontrar a formação ideal, o time vai lutando para se manter o mais próximo do topo da tabela possível.

E São Januário tem ajudado. Muito. A eles, e a mim.

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O centroavante Martin García, que entrou no lugar do apagado Ernane, é sempre uma atração à parte. Sua briga com a bola foi um espetáculo mais emocionante do que a partida em si. Eu contei 5x3 a favor do objeto esférico, mas o colombiano vem tirando a diferença.

Até o fim desse campeonato ele domina uma bola. Eu acredito.

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E o Corinthians, hein? Lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, arranjo de resultados para evitar o rebaixamento, dívida de 22 milhões por Nilmar (dívida essa que, caso seja paga, será o dinheiro mais mal gasto da história do clube)... Não que eu esteja torcendo por isso (hahaha), mas parece que dessa vez a casa cai.

Desde que a MSI chegou, já era óbvio o dedo mafioso no clube. Com o Campeonato Brasileiro de 2005, sem dúvidas o mais roubado da história, o caso se tornou escandaloso. Ainda tem muito podre para encontrar aí.

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O Paraná perdeu mais uma. É um time sem criatividade e extremamente dependente do Josiel no ataque. Depois de um início surpreendente, começa a mostrar suas fraquezas. Se o Flamengo pretende iniciar uma recuperação, essa é a hora.

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"Ela é fraquinha. Com Photoshop até eu fico gostoso. Teria que ver ao vivo para ficar convencido."

Léo Lima, sobre as fotos da Ana Paula. Primeira vez que eu concordo com ele. Se tivesse dentro de campo o discernimento que tem analisando uma Playboy, seria craque.

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Thiago Silva já começou a ensaiar seu discurso de despedida. "Ninguém quer rasgar dinheiro, né?". Então tá. Não costumo confiar muito nessa história de "interesse de não-sei-quem", mas também não costumo confiar muito nesses jogadores. Se começou a falar assim, é porque não dura muito...

E ouvi dizer que na Itália as pêras são muito boas. Ele vai gostar.

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Pá.