Mais uma vitória da raça, do coração, da torcida. Quem dera se todos os jogos do Flamengo fossem no Maracanã, com a torcida ao lado, em peso. O que se viu num dos clássicos mais clássicos do futebol brasileiro não foi um primor de técnica. Algumas jogadas bonitas, mas nada que se possa dizer "Uau, quanta habilidade!". Mas foi uma vitória com a cara do Flamengo: no coração.
O time começou pressionando. Sá dava Flamengo! Ai o jogo começou a esfriar e até os 42 minutos não se viu muitos lances de perigo. Até que num contra-ataque puxado por Juan, Maxi (jogando com a mística camisa 10 rubro-negra) fez seu primeiro gol pelo Mais Querido do Brasil.
São Judas Tadeu estava presente no Maracanã, pro bem do Flamengo. Assim como Somália, que é tão ruim que perdeu um gol na cara. O Fluminense voltou pro segudo tempo melhor, buscando a vitória.
Até que Juan foi expulso. Eu nem lembrava que ele já tinha um cartão amarelo, não tava levando em consideração os critérios do Roman (juiz da partida) porque só dava cartão pro Flamego. Arouca faz falta dura e nem um advertência verbal recebe. Mas enfim...
Com a saída de Juan, nosso técnico cachaceiro coloca Egídio na lateral e chama ele.... Obina! Sai Paulo Sérgio (que só deve jogar nos treinos porque nos jogos, necas) e Maxi. Obina, com seus quilinhos a mais, serviu pra prender a bola, tentar cavar uma falta. E ainda deu seus dribles na lateral, deixando os tricoletes meio tontos.
Com Roger expulso (sim, ele também foi expulso. Adora reclamar.), Flamengo se fechou, Fluminense avançou, Bruno defendeu muito, a torcida vaiou qualquer jogador do tricolor e o senhor foi (e é) do Flamengo.
Fim de jogo: Flamengo 1 x 0 Flores.
OBS: Maxi mostrou seu lado argentino-catimbento. Fez catimba ao sair, qause caiu na porrada. Mas também, Thiago Silva e cia queriam, praticamente, carregar o argentino nas costas. Coitados, não sabiam que o baixinho era macho, como disse Joel Santana.
Renato Gaucho teve que engolir suas palavras, mais uma vez. A ele só resta engraxar a prancheta do Natalino. Durma com esse barulho, Renato.
Domingo o Flamengo viaja pra São Paulo pra enfrentar o Palmeiras, em um jogo onde várias suspeitas de brigas entre as organizadas já tão deixando o clima pesado. Ao ponto do próprio Marcio Braga pedia a federação paulista mais reforço da PM tanto pra delegação quanto pra torcida que vai até SP apoiar o time. Eu não tô confiante pra esse jogo. Flamengo sem Roger, Juan e Léo Moura. Mas vamo que vamo. Agora o time tá embalado. É na raça e na fé! SEMPRE!
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E o Botafogo hein?! Como diz um amigo meu, o Botafogo precisa de três contratações: um goleiro, um psicólogo e um pai de santo.
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AHHH! Soube que depois do jogo, as flores quebraram tudo numa rua lá em Vila Isabel. Depredaram lojas e tal. Depois falam que são elite e nós, flamenguistas, somos a favelada.
Demorou mas veio. Com 3 pontos na conta, o Flamengo conseguiu voltar à sua casa com uma vitória. O jogo não foi bom e o time ainda peca em muitos aspectos como finalização e posicionamento da zaga. Mas o que vale é que ganhou. E pronto.
A torcida deu show (vou falar depois sobre isso especificamente). O time começou dando uma pressão mas acabou tomando um gol, o que vem acontecendo sempre. Cristian, ao invés de parar a bola e tocar, tentou cortar de primeira e acabou jogando a bola pra dentro do próprio gol. Depois desse gol, o Náutico ficou jogando no contra-ataque e o Flamengo partiu pra cima. E o gol de empate saiu da cabeça do estreante da noite, Fabio Luciano, que, numa falta cobrada por Juan, acabou sendo mais rápido que os zagueiros do Timbu. Primeiro tempo terminou com o empate em 1x1.
Porém, mesmo fazendo gol e dando segurança na zaga, Fabio Luciano sentiu dores e acabou sendo substituído por Rodrigo Arroz. Cara, senti medo nessa hora. Eu simpatizo com o Arroz pelo fato dele tá na Gávea a muuuito tempo, sempre querendo entrar e tal, mas tenho que admitir que falta técnica né?! Mas pra minha grata surpresa e alegria, ele tava numa noite mais inspirada do que o normal. Não furou a bola, não fez muita falta e demonstrou raça em campo.
O segundo tempo correu com pressão do Flamengo pra conseguir a vitória (único resultado que importava). Renato Augusto, mais uma vez, só serviu pra receber falta. Não jogou nada, parece que esqueceu o futebol em algum lugar lá no Canadá. Foi substituído pelo primo do Messi, sentindo dores na coxa e sendo vaiado por uns torcedores (Totalmente ridículo. Escroto mesmo. Vai vaiar a mãe).
Maxi é um capítulo a parte. Hoje Messi que deve ser considerado o "primo do Maxi". O argentino entrou pra dar velocidade ao time, correndo na esquerda, na direita, no meio, disputando bola aérea com os zagueiros três vezes o tamanho dele. Uma das cenas mais engraçadas foi o Arroz "dando esporro" no Maxi pra ele ir pra fora da área, já que ele não ia conseguir cabecear a bola. O argentino queria tá em todas. Foi em uma falta em cima dele que Deleu, jogador do Náutico, foi expulso. Maxi merecia um gol na sua estréia no templo do futebol. Espero que o nosso cachaceiro favorito coloque-o como titular contra as Flores.
O gol da virada veio em um lance na medida de Roger pra Léo Moura, que chutou no canto do goleiro do Timbu, decretando o placar da partida. A comemoração foi a mais empolgada de todas e incendiou a torcida ainda mais. Roger jogou bem, mas ainda falta um pouco de "dinamismo", na minha opinião. Tem que ser um pouco mais rápido, tocar a bola rápido, envolver o adversário. Perdeu a bola em dois lances onde driblou dois adversários e se empolgou e acabou acreditando que ia driblar o time todo.
Lance mais incrível do jogo foi no primeiro tempo. Cristian recebeu dentro da área e bateu. O goleiro defendeu. Cristian ganhou o rebote e errou novamente. No outro rebote, Ibson, com o gol livre, cabeceou para fora. Isso porque o Souza nem tá jogando. Se tivesse, ainda podia se entender tanto gol perdido....
O Flamego pode não ter jogado bem. Mas o que importa, estando na penúltima colocação do campeonato, é a vitória. Quinta que vem tem jogo contra as Flores. Que o time venha confiante porque a torcida está e vai fazer a sua parte, como fez hoje, sem dúvidas.
-Já ia esquecer de falar que o Léo Lima entrou no jogo. Mas como sempre, nada fez e ainda atrapalhou. Grande novidade!-
Por falar em torcida, tenho que dar os parabéns aos rubro-negros que estiveram presentes no Maracanã (me incluo nesse grupo). A torcida foi em peso apoiar o time que tá em penúltimo na tabela, mas que ainda inspira o amor ao time da Gávea. Mesmo com uma diretoria que parece não se importar com o fato desse time com uma história vitoriosa não ganhar um título a 15 anos, a massa flamenguista mostrou sua força. Parabéns aos rubro-negros que cantaram o hino mesmo perdendo, que não vaiaram um jogador ao sair, que acreditaram até o último instante na vitória. Isso é ser Flamengo. Sofrer até o último instante, vibrar como se cada jogo fosse uma final. Que venha o Fluminense e a massa rubro-negra vai mostrar o que é uma torcida de verdade. E o que me deixou feliz também foi o reconhecimento do time, que veio agradecer o apoio da torcida. Arroz era o mais empolgado, sempre. Vibrava e dava entrevista enquanto mexia seus braços ao som de "Ôôô, que torcida é essa?".
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Teve uma homenagem, mais do que justa, aos atletas do Flamengo que estiveram no PAN. Jade Barbosa, Diego Hipolito e cia estiveram no Maracanã e foram aplaudidos de pé e ao som de "É campeão!". Quem sabe agora, a diretoria não resolve apoiar os esporte olímpicos e não pense que o Flamengo é feito só de futebol.
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São Paulo ganhou do Atlético-PR. Bom pro Flamengo. Sport ganhou do Juventude. Bom pro Flamengo.
Será um bom jogo. Será o jogo dos líderes. Mas já deu né?! Se esse jogo terminar com um empate, não será surpresa pra mim. E também não vai ser surpresa se tiverem reclamações da arbitragem por parte dos dois times. E essa coisa do Muricy dizer que o melhor time é o Botafogo, ai o Cuca falar que o São Paulo que o melhor, que é o líder, já tá enchendo o saco. Cadê a personalidade dos técnicos? Ficar nessa de jogar a responsabilidade pro outro cansa minha beleza.
Enfim, só quero ver se esse jogo vai merecer todo esse alarde.
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Flamengo na Arena. Não é de se esperar boa coisa. Mas como só uma vitória serve, que ela venha com gol contra, gol roubado, gol de bunda (Obina em campo), gol de pênalti, gol de falta, desde que o time da Gávea tenha mais gols que o Flamengo-cover e a vitória garanta mais três pontos na conta. Só isso importa!
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Seleção convocada. Kaká e Ronaldinho convocados. É engraçado ver todos os comentaristas hoje, falando sobre a convocação da seleção e sobre o possível time que o Dunga vai escalar. Antes e durante a Copa América, todos eles reclamavam do esquema tático do Dunga, com muitos volantes e Wagner Love no ataque. Agora, já tão dando dizendo que se o Dunga não escalar o cabeludo da Espanha e o modelete da Itália, ele ai tá certo porque o que importa é o time, e não o jogador em si. Eu até acho que o time é o mais importante, mas eu prefiro o Kaká em má fase do que o Wagner Love jogando bem.
E ele não convocou o Rogério Ceni. Se o Dunga não fosse gaúcho, eu diria que ele é são paulino e não queria desfalcar o seu time no Brasileiro.
Conquito e Wagner Diniz dormem enquanto Celso Roth passa suas instruções. Ironia?
Depois de perder a fama de só ganhar em casa, o Vasco aproveitou o final de semana para acabar com outro mito: o de sempre jogar bem em São Januário. Que um dia isso aconteceria, todo mundo já sabia, a questão que fica é se esse tropeço veio no momento certo ou errado. O Celso Roth declarou que o empate vai servir para o time amadurecer e corrigir alguns erros. Em teoria, ele tem razão. Na prática, nós só poderemos saber após as partidas contra Corinthians e Paraná (o Vasco agora carrega a obrigação de vencer as duas, ou no mínimo sair com 4 pontos). Assim como na campanha da Copa do Brasil, assim como em outros jogos do Brasileiro e assim como TODO MUNDO JÁ SABE, o Figueirense concentrou seu esquema em não deixar o time da casa criar. A marcação foi forte principalmente em cima dos três jogadores de melhor toque de bola do Vasco: Perdigão, que simplesmente não conseguiu jogar com a bola nos pés e, sem ela, ainda comprometeu na proteção à zaga (depois que levou um cartão, parou de dividir as bolas); Leandro Amaral, um fiasco toda vez que voltou para buscar jogo; e Conca, único que conseguiu se livrar bem dos marcadores e, ao lado de Wagner Diniz, garantiu um primeiro tempo razoavelmente bom para o Vasco.
Wagner Diniz, aliás, acabou sendo o destaque da partida, com uma assistência e dois pênaltis sofridos (e só um marcado, como é de costume com essa arbitragem brasileira... ok, para não dizerem que eu sou mais parcial do que eu já sou: o figueirense também teve um pênalti não marcado no final do jogo). Apesar disso, não dá para dizer que ele teve uma atuação sensacional. Continua com a mania de querer driblar todo mundo e acaba desperdiçando boas jogadas.
O empate veio num contra-ataque, originado por um escanteio mal cobrado. Com Júlio Santos e Vilson voltando da área do Figueirense, a defesa ficou fragilizada e não conseguiu evitar o gol. Logo depois o primeiro tempo acabou. Na segunda etapa, quando se esperava que o Vasco reassumisse a partida, foram dez minutos de absotulatemente nada até Peter dar um chute aleatório ao gol e acabar virando.
Foi então que as vaias e cornetagem tomaram conta de São Januário, direcionadas especialmente para Amaral e Guilherme. Eu não escondo de ninguém que considero o volante um bonde e o lateral ainda muito imaturo (apesar de habilidoso), mas simplesmente não era hora para esse tipo de coisa. Aliás, eu sou contra vaias em qualquer circunstância, não acho que elas fazem com que os jogadores se esforcem mais, apenas prejudicam seu rendimento e deixam a equipe insegura. O Vasco já não entrou bem no segundo tempo... quando começou a cornetagem, só piorou. Mesmo com estádio cheio, quando o time precisou do apoio da torcida, não teve. E a partir daí começou a errar muitos passes, dar chutes precipitados e perder bolas fáceis. Os 30 minutos que se seguiram foram terríveis, e só mesmo por milagre terminaram num gol do Leandro Amaral, porque o mais justo seria a vitória do Figueirense.
[Sinceramente, eu não entendo o que leva uma pessoa a pagar 20 reais para atrapalhar seu próprio time. Se o Vasco estivesse na zona de rebaixamento, seria ao menos compreensível, mas o time está na terceira colocação. Além do mais, foram vaiados jogadores que vem de boas atuações. São esses os mesmos torcedores que pediram a saída do Rubens Jr. e ovacionaram o Guilherme semana passada? Ontem tentaram até mesmo ensaiar vaias para o Leandro Amaral, o que para mim só pode ser um sinal do fim dos tempos.]
Um último destaque dessa partida pode ser feito à estréia de Enílton, um dos reforços para o segundo semestre. É um jogador veloz e de certa habilidade, mas percebe-se que não é lá dos mais inteligentes. Jogando pela ponta esquerda, toda jogada dele era igual: driblava um ou dois e chutava para o meio, sem nem olhar quem estava na área. Jogando de centroavante... ainda não tenho uma opinião formada.
Vamos ver no que dá.
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Minha opinião sobre os outros reforços que ainda vão estreiar:
Abuda: Não deixou saudades no Corinthians. Teoricamente é um atacante de habilidade, ou seja, seria reserva do Leandro Amaral. É uma contratação que não me agrada muito, porque se eu conheço o Celso Roth, ele vai acabar tomando o espaço do Martin Carvalho (esse sim uma verdadeira promessa). Mas também não quero me precipitar, o cara é jovem ainda.
Andrade: Vem para disputar vaga com o Perdigão. Chuta melhor e marca melhor, mas não tem a mesma visão de jogo e movimentação. De qualquer maneira, foi um excelente negócio, já que agora o Vasco fica com dois volantes que sabem sair para o jogo. Se ele conseguir se adaptar à posição de primeiro volante, melhor ainda, porque os dois poderiam jogar juntos e o Vasco teria um cobrador de faltas.
Xavier: Primeiro volante, estava jogando em Israel. Segundo ele mesmo: "meu estilo é aguerrido e não sou o tipo de jogador que gosta de aparecer". Ou seja, mesmo esquema do Amaral. Se tiver um toque de bola um pouco melhor e conseguir manter o nível na marcação, ganha a vaga. Se não, pelo menos o Vasco terá um volante de maior experiência no banco.
Leandro Bonfim: Incógnita. Tem uma trajetória semelhante ao Toró. Nas categorias de base sempre fez parte da Seleção, foi eleito melhor jogador junior do mundo e chegou a ser estudado pelo Milan. Acabou se transferindo para o PSV e seu futebol desapareceu no profissional. São Paulo e Cruzeiro chegaram a bancar sua recuperação, mas até agora nada. Honestamente, não boto fé. Mas pode dar certo e, se não der, não será o fim do mundo, já que o Vasco conta com Conca e Morais na mesma posição.
Luizão: Zagueiro da Seleção sub-20, vai ficar no Vasco por empréstimo até o fim do ano. Eu não acompanhei o Mundial que ele fez, mas entrou na lista da Bola de Ouro, o que é um bom sinal. Por outro lado, era odiado pela torcida do Cruzeiro. Enfim, até segunda ordem considero uma boa contratação, ao menos para compor elenco. Vai acabar com essa história de improvisar o Rubens Jr. na zaga quando alguém for suspenso.
Nada de Petkovic, Beto Cachaça e Fábio Baiano. E nada de Valdiram, Valdir Papel e Faioli.
Graças a Deus.
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Péssima rodada para os cariocas:
- Acho que a derrota do Flamengo não era exatamente inesperada. Estão tratando o Santos agora como se o time tivesse vencido um candidato ao título, mas a verdade é que 3x0 para o futebol que o "time" do Joel Santana mostrou foi até muito pouco. Se ficar de palhaçada, vai tomar porrada mesmo... Bom, o Flamengo volta a ter chances de vencer agora, enfrentando o Atlético-PR. É mais um jogo decisivo, como passarão a ser todos agora. Principalmente depois que o Náutico começou a gostar da primeira divisão.
- O Fluminense perdeu na volta ao Maracanã e o Renato Gaúcho reclamou que está sendo roubado. Eu não acredito num direcionamento (muito menos contra os tricolores) e a culpa nesse jogo foi mais do Somália do que do Gaciba, no entanto o Fluminense tem mesmo sido prejudicado além do "comum". Enquanto a imprensa se ocupa de condenar o churrasqueiro por causa de uma frase, esquece de abordar um problema muito mais grave: uma federação de arbitragem que não consegue ficar uma única partida sem criar polêmica e cometer erros em lances capitais. Eu ouvi algum jornalista reclamar que "daqui a pouco nós vamos começar a achar que essas declarações desrespeitosas são normais". Muito pior é aceitar esses erros como se eles fossem normais.
- Na minha opinião, empatar com o Paraná é sempre um mau negócio. Mas sendo fora de casa e tudo mais, o Botafogo ainda pode recuperar esses pontos. E o time tinha mesmo que se poupar para quarta-feira, quando acontece o jogo decisivo contra o São Paulo. Tecnicamente tenho minhas dúvidas de que essa partida será o que estão esperando, já que os bambis devem vir na retranca habitual e o gramado do Maracanã está horrível, mas de qualquer maneira vai ser importante para a tabela. Ou seja, será no mínimo emocionante.
Os dirigentes do Milan, que se amontoaram no camarote do Beira Rio para beber champagne e comer caviar, tiveram a oportunidade de assistir de perto ao show de um certo jogador com apelido de ave, cujo futebol ficou escondido por anos no Internacional, foi campeão do mundo em 2006 e, dentro de campo, desequilibra. O nome dele? Cleilton Eduardo Vicente, ou, simplesmente... Perdigão.
Dizem por aí que o Perdigas não tem aparência de jogador de futebol, mas vejamos: ele tem a estatura do Romário, a cabeleira do Ronaldinho, a barriga saliente do Ronaldo e o gosto pelo álcool do Garrincha. Tudo bem, aos 15 minutos do segundo tempo ele está morto, mas quem precisa de mais do que uma hora para desequilibrar nesse Campeonato Brasileiro? Claro que ele não é um craque, mas eu digo isso no bom sentido: a torcida não precisa se preocupar em perdê-lo para velhinhos engravatados de Madri, por exemplo. O Perdigão se contenta em tomar sua cervejinha em São Cristovão e ter seu nome gritado pela torcida, não fica por aí tendo orgasmos só de pensar na Europa. Ele também não precisa calçar chuteiras amarelas para mostrar que sabe jogar futebol; ele simplesmente entra em campo e faz o que tem de fazer.
Na última quarta, com sua visão de jogo privilegiada e passes precisos, Perdigão comandou a vitória do Vasco sobre o time que lhe dispensou depois de três anos de fidelidade, o Internacional. Foi o fim da sina: finamente o Gigante ganhou fora de casa, e ganhou bem. Voltou do sul com 3 pontos e um placar de 2x0 contra um dos maiores rivais na briga pela Libertadores. Melhor, só se o time confirmar a boa sequência nesse final de turno... o que não é impossível, já que os adversários não são exatamente os mais temíveis. São eles: Figueirinha, Corinthians-ops-falimos e Paraná-sem-Josiel. [Eba!]
O Vasco fez nessa partida o mesmo que vem fazendo em todas: segurou o adversário marcando avançado, dominou a partida e partiu para cima. No meio, Perdigão não perdia uma. Conca também estava bem, só não conseguiu se sair melhor porque logo começou a ser agredido. E, como o juiz não fazia nada, toda vez que o argentino pegava na bola era derrubado em seguida. Diga-se de passagem, esses tais de melhores-do-mundo são muito carniceiros... o que só faz a vitória muito mais agradável, é claro, porque não tem preço assistir o Alex irritadinho tentando arrancar a camisa do Conca porque levou um drible.
Os gols saíram de roubadas de bola do Jorge Luiz e do Perdigas (sempre ele), e de cruzamentos pela esquerda: um de Rubens Jr. e outro de Conca. Rubens Jr. é um caso interessante, aliás. Geralmente a gente reclama que no futebol brasileiro nenhum lateral sabe fazer o básico de todo lateral: marcar e cruzar. Ele talvez seja um dos poucos que sabe. Mas o interessante não é isso. O interessante é que ele SÓ sabe marcar e cruzar. Você nunca verá o Rubens Jr. cortando para o meio, tabelando ou driblando: toda jogada com ele é correr e cruzar. Eu não acho isso uma coisa ruim, na verdade é até uma vantagem que o Vasco tem em relação aos outros times, mas não deixa de ser engraçado. Até porque o Wagner Diniz é exatamente o oposto: dribla, tabela e joga pelo meio... mas não sabe marcar nem cruzar. Ou seja, eles se completam. Que bonito.
[As laterais tem sido a arma mais forte do Vasco, e todo dia eu rezo para que os adversários continuem sem perceber isso... mas deixe-me falar: ontem o Wagner Diniz estava simplesmente lamentável, errou tudo... depois do quase-golaço de sábado, acha que é craque]
Nos dois lances houve também a presença de Alan Kardec, que encarnou o espírito (pegou? pegou?) de Jardel e executou duas cabeçadas fulminantes. A primeira entrou. A segunda ainda foi defendida por um desesperado Clemer, mas acabou sobrando para Leandro Amaral, que marcou e manteve seus 100% de aproveitamento contra os colorados. Alan Kardec teve uma oportunidade incrível de marcar outro gol, quando Perdigão lhe deixou livre na área, mas ele não conseguiu baixar nenhum espírito chutador... ainda.
Foi um primeiro tempo perfeito (para um jogo fora de casa, pelo menos) e um segundo tempo no qual o time parecia meio cansado e decidiu recuar. No entanto, em momento algum o Internacional deu qualquer pista de que iria virar. Perdeu alguns gols feitos e outros nem tanto, mas todos em lances mais ou menos esporádicos. A equipe não conseguiu criar uma atmosfera de pressão, como fez o Palmeiras na semana passada. Como afirmou o próprio presidente do clube após a partida: "a impressão que fica é de que o jogo poderia durar mais umas 2h e nós não conseguiríamos fazer um gol". Foi a mesma que eu tive.
Graças a Celso Roth. E tudo mais.
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A Globo armou um verdadeiro circo para o Alexandre Pato. Só falavam nele o tempo todo, quando pegava na bola era uma pagação de pau sem fim, a pergunta do internauta (que deveria se chamar "puta que pariu, quem é o imbecil que manda essas perguntas?") era sobre sua transferência, os dirigentes do Milan foram filmados e, na hora do intervalo, até um episódio em que um pato de verdade entrou no gramado eles mostraram.
Pena que o cara perdeu 3 gols feitos. Pena que foi anulado pelo Vilson. Pena que vai embora independentemente do internauta. Pena que os dirigentes estavam quase dormindo. E pena que aquele pato-de-verdade parecia mais com uma galinha.
Vai, tente outra vez.
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Mas sério, ele poderia ficar um pouco mais. Lá se vai outra promessa.
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Naquela rede de TV Gazeta-qualquer-coisa (paulista), disseram que o juiz roubou para o Vasco, que os times cariocas são sempre ajudados. Quem assumiu um discurso semelhante foi Muricy Ramalho, ao insinuar que, caso o Dodô jogasse num time de São Paulo, não seria absolvido. Minha resposta para eles é essa:
(?)
Deu a louca no mundo. Essa história de que os times do Rio estão no topo da tabela por causa de arbitragem é o argumento mais furado que eu já ouvi. Vindo do treinador do São Paulo, ajudado (quero acreditar que por pura incompetência) em umas 3 partidas, apenas soa mais ridículo.
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Comentários aleatórios sobre a rodada:
- Eu disse, o Caio Jr. é superestimado. 1) Perdeu em casa. 2) De virada. 3) Do Sport. 4) O Sport só tinha 9 jogadores. E qual foi a desculpa no final do jogo? "Calma gente, o grupo está em formação". Eu me considero um cara relativamente paciente, mas eu perco de lavada quando comparado com a torcida do Palmeiras. Até o Geninho dá um banho tático no Caio Jr. E olha que o próprio Geninho está na minha lista de treinadores superestimados.
- Falando nessa lista, o Fluminense empatou mais uma. Eu fico impressionado em perceber como o Fluminense joga igual ao Vasco do ano passado: pura disposição e nada mais. É a marca do churrasqueiro: muita entrega em campo e pouca consistência. O Fluminense tem bons jogadores, mas falta ao clube alguém que saiba armar uma equipe. Espero que os tricolores não se iludam como a torcida do Vasco se iludiu, achando que o Renato Gaúcho faz milagre. Ou então que se acostumem a muitos empates e a um time que não sabe lidar com a pressão de um momento decisivo (quando se faz necessário alguma coisa além de instinto). Eu sei como é. E me solidarizo.
- Não acredito em outro milagre do Joel, mas também não acho que o Flamengo precise mesmo de um milagre. O time deve sair naturalmente da zona de rebaixamento... Ah, e é incrível como o clube não tinha como trazer reforços até ontem e de uma hora para outra chegam Roger, Ibson, Fábio Luciano e quase Jônatas. Pois é, na hora que aperta, esses dirigentes abrem o bolso. Só vem para mostrar que, com um pouco de boa vontade e planejamento, o Flamengo talvez não estivesse onde está hoje.
- Parabéns ao Botafogo pelo Engenhão. Eu sou a favor de todos os times com estádio... e continuo achando um absurdo a proibição de clássicos em São Januário só porque torcedores invejosos do Flamengo tentaram depredar o templo (e a torcida do Vasco naturalmente reagiu). O Eurico, ao invés de ficar tentando se promover através de causas que ele sabe que são perdidas (só alguns torcedores ingênuos, que votam nele, ainda acreditam que ele fala sério), poderia começar a brigar por isso.
- Oi, Grêmio, como vão as coisas aí embaixo?
- O Paraná vai despencar.
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Os prêmios:
Dodô da Rodada: Perdigão, que bagunçou a granja Beira-Rio. Além de acabar com a festinha de despedida do Pato, colocou um peso enorme na consciência de Gallo, que lhe dispensou do Internacional para contratar Luciano Henrique (quem?). Seu aproveitamento no Vasco é impressionante: 5 jogos como titular, 4 vitórias e uma derrota (sendo essa derrota o 2x3 contra o Palmeiras... detalhe: o adversário só virou o jogo depois que ele foi substituído).
Claiton da Rodada: Caio Jr, que só serve mesmo para falar "vamos lá, galera" no banco. Nessa rodada cometeu a barbaridade de escalar o Valdívia, um dos poucos armadores de qualidade do futebol brasileiro, como ponta. Matou o meio campo do Palmeiras e deixou o Sport virar com dois a menos.
Fernando Henrique da rodada: Alex, do Internacional, e seu vasto repertório de golpes. Num lance, quase deixa o Conca sem camisa. No outro, quase arranca a perna. Esse aí era o tal craque do meio campo do Internacional? Hmm.
Souza da Rodada: Guilherme, do Atlético-PR. O time já é ruim... com um goleiro frangueiro a coisa toda fica muito difícil.
Renato Abreu da Rodada: "São Januário é um Fusca 68 e o Engenhão é uma Mercedes Benz", Montenegro, aquele merda mesmo. O cara quer comparar um estádio que foi construído com o dinheiro dos torcedores do Vasco há 50 anos atrás e que se propõe a ser um "caldeirão" com outro estádio construído com o dinheiro do Governo para uma competição continental. Puta que pariu, é como comparar um quadro do Van Gogh com a Capela Sistina. Mas enfim, cada um fala o que quer. Eu poderia dar esse prêmio para as declarações do Eurico também, tanto faz. São duas figuras que deveriam ser abolidas do esporte, dois dirigentes que só prejudicam a imagem dos seus respectivos clubes e torcidas.
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Aliás, qual o problema dos fuscas? Eu sempre quis um. Preto ou verde, nunca decidi.