Por que aquele frango?! Por que aquela bandeirinha?! Ó, Deus, por que me castigaste?! Por que tive eu de assistir àquela partida medíocre, ridícula, em horário nobre do futebol?!
Certo, vou tentar me abster dos comentários tendenciosos.
O fato é que o primeiro jogo da final da Copa do Brasil foi a maior pelada. E não foi nem uma das boas! O time do Figueirense, como sempre, na sua retranca, conseguiu fazer uma partida ainda pior do que a da última quarta-feira; Ruy cabeção, em especial, estava de dar medo. Ele conseguiu perder 90% das bolas que foram tocadas para ele, e fazer passes de assustar até o Joilson em um dia muito ruim. O Fluminense, franco favorito, jogando com um Maracanã lotado, com uma torcida fazendo uma festa bonita com os sinalizadores, apenas um desfalque... E aquilo. Passes errados, chutes errados, gols perdidos na cara do goleiro, só para citar alguns dos terrores dessa incrível partida - de fazer chorar qualquer torcedor botafoguense.
O primeiro tempo foi para ser esquecido. O segundo até que foi mais corrido, com mais chutes a gol de ambos os lados. O Fluminense deu uma melhorada, conseguiu pressionar mais, mas continuava perdendo muitas bolas, não conseguia passar pela marcação, e, se quando acontecia, ou se deparava com o Wilson - bom goleiro ele - ou perdia de forma inacreditável. Alex Dias definitivamente não sabia o que era uma linha de impedimento.
Vou tomar um parágrafo para falar sobre o Carlos Alberto. Eu não gosto dele. Estrelinha demais, metidinho demais, acha que é a alma do time, e não joga nada. Firula pra cá, firula pra lá, e perde a bola. Aí cai, se revolta, catimba o jogo, faz falta... Por que um cara desses ganha um salário de 200 mil, eu pergunto? É óbvio que o Fluminense funciona melhor sem o Carlos Alberto - que não deveria nem ter vindo, pra começo de conversa. Mas como colocar no banco um jogador que ganha 200 mil por mês? O melhor que ele vinha fazendo era ser suspenso nos jogos de volta, mas dessa vez nem isso. Se ele, por qualquer motivo, ficar de fora da próxima, melhor para o Fluminense.
Voltando à pelada, o golaço do Figueirense fez as flores acordarem para a vida, e calou o Maracanã - tal qual o frango do Júlio César. Mas calou de vez, porque já não vinham cantando há algum tempo, sentindo a ruindade do jogo, inclusive distribuindo algumas vaias. O Figueirense mereceu aquele gol só pelas bobeiras que o time das laranjinhas deu. Mas então veio um empate, suado, sofrido, que continua sendo melhor para os figueiras. Quero ver jogar naquele campinho de várzea deles, onde a marcação funciona, com o time embalado, e diante da incrível conta de todos os poderosos 20 mil ingressos já vendidos. Trema, tricolor, tema!
Eu apostava numa vitória do Fluminense, mas agora já começo a achar que a história dos times pequenos chegando à Libertadores vai se repetir. E com a atuação que teve hoje, merece mesmo. Não por mérito seu, por demérito do adversário. Jogar contra eles aqui no Maracanã é infinitamente mais fácil, e o Fluminense não fez o dever de casa. A coisa se complica, vejo a escuridão rondando as Laranjeiras.
As comparações, obviamente não podem faltar. Desconsiderando a arbitragem, sendo válidos ou não - e foram -, o Botafogo fez quatro gols no primeiro tempo. Só no primeiro tempo! E com um ritmo de jogo bem reduzido no segundo, o Figueirense não chegou tanto. Júlio César teve de defender apenas um chute a gol - o fatídico. Lá em Florianópolis jogaram realmente mal, mas em um campo diferente, com um time que se arruma muito melhor naquelas dimensões, come todos os espaços, e sem importantes peças-chave, como Lúcio Flávio e Leandro Guerreiro. Por isso todos os botafoguenses devem ter assistido a essa partida de hoje com o mesmo pesar que eu. Teria o Fluminense conseguido segurar o Botafogo? A resposta, nesse caso, me parece bastante clara.
Ah, se fossemos nós lá... Se fossemos nós!